sexta-feira, 5 de março de 2010

Garrafarfa


Quero deixar bem claro que
não vou me preocupar em fazer
nada rimado só para alguém satisfazer.
Simplesmente jogo aqui o que eu
decidir. Se soa mal, se soa bem, aí
já é outro final.
Esta parte superior foi apenas uma introdução,
porque agora o que eu escrevo é mais
íntimo do coração.
Criei as garrafas virtuais, que em telas de LCD
navegam muito mais.
Sem procrastinação, é a hora da minha mensagem.
Vem me tirar da internet, fazer
de mim um ser menos inerte.
Vem que agora são duas da manhã.
Eu fico aqui narrando essas coisas e me sentindo
menos só. A cabeça deu um nó.
Quero sempre vomitar um dicionário, mas a
primeira palavra que me vem é otário.
A cidade é pequena, as pessoas são mais.
Você é uma pérola nesse mar e eu a passear
no cais.
Vem jogar Super Mário, dizer que eu sou
bigodudo e não otário.
Me diz o horário de quando a vida começa,
de quando ela tem fim.
Anda comigo nesse trampolim. Vem cheirar
fumaça, vem dizer que sim.

Um comentário:

Rafaela Gimenes disse...

Sabe, Igres. Eu faço Letras e, dentre as matérias que eu tenho e tive, fui obrigada muitas vezes (e serei) a analisar poemas. Atualmente, em blogs, muita gente quer escrever poema. Já li muito poema ruim, eu faço poemas ruins; poema é troço difícil. O seu... O seu foi ótimo, você entende o que é um poema e é lindo, porque você pode brincar do jeito que você quiser. Não sei se você sabe que entende um poema, mas eu vou te dizer: Você entende a estrutura de um poema! Minha prof. Adelaide e o Prof. Joaquim sempre falaram que a pausa não está onde o verso acaba: está na pontuação que o poeta colocou e a Prof. Adelaide fazia a gente analisar primeiramente a pontuação do indivíduo; entende? É o ó! Que seja... Falei isso tudo pra dizer que esse poema aí de cima foi o primeiro que li em blogs que realmente me fez bem. :)