mais do que eu posso me organizar.
E, apesar de sermos bípedes, não
caminhamos juntos.
Cada vez menos eu vejo semelhança
entre meus semelhantes.
Não enxergo asas e nem quem
queira voar.
Não enxergo ideias, pensamentos
e reflexões aeroplanas.
Ninguém mais pé no chão.
Todos na lama.
Ninguém mais cabeça nas nuvens.
Todos despencando delas.
Quando meus olhos insistem,
só querem de volta alguém
para sonhar junto. Alguém que
veja uma coerente semelhança
não resumida à superfície.