só, que nem parece que sente.
Às vezes, a gente parece tão dor,
que nem parece que sente.
Às vezes, a gente nem coloca meia.
Às vezes, o cabelo a gente nem penteia.
Às vezes, a gente anda tão nu que a
solidão incendeia.
Às vezes, a gente fica com a fuga atrás
da orelha.
Às vezes, nos tosam que nem ovelha.
Às vezes, a narração do minuto é
mais comprida que o resumo do dia.
Às vezes, é muita covardia.
Às vezes, é perda de tempo.
Às vezes não se sabe quantos
às vezes cabem de uma só vez.
3 comentários:
Belíssimo! É que nem sempre ganho manhãs em poema, como a ganhei hoje ao ler essa raridade.
Abraço!
Rodrigo
Você me fode todo dia com suas palavras, sério. Nem vou repetir o que já sabe. Muito elogio cansa, né? :)
A primeira coisa que disse quando terminei de ler foi: CARALHO, PERFEITO! hahaha
Beijo, se cuida.
Deixa eu pensar... Não cansa não, Rafaela. Hahaha. Obrigado!!!
Beijos! Cuide-se também.
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