domingo, 7 de março de 2010

Nem Sempre


Às vezes, a gente se sente tão
só, que nem parece que sente.
Às vezes, a gente parece tão dor,
que nem parece que sente.
Às vezes, a gente nem coloca meia.
Às vezes, o cabelo a gente nem penteia.
Às vezes, a gente anda tão nu que a
solidão incendeia.
Às vezes, a gente fica com a fuga atrás
da orelha.
Às vezes, nos tosam que nem ovelha.
Às vezes, a narração do minuto é
mais comprida que o resumo do dia.
Às vezes, é muita covardia.
Às vezes, é perda de tempo.
Às vezes não se sabe quantos
às vezes cabem de uma só vez.

3 comentários:

Rodrigo disse...

Belíssimo! É que nem sempre ganho manhãs em poema, como a ganhei hoje ao ler essa raridade.

Abraço!
Rodrigo

Rafaela Gimenes disse...

Você me fode todo dia com suas palavras, sério. Nem vou repetir o que já sabe. Muito elogio cansa, né? :)

A primeira coisa que disse quando terminei de ler foi: CARALHO, PERFEITO! hahaha

Beijo, se cuida.

Igres Leandro disse...

Deixa eu pensar... Não cansa não, Rafaela. Hahaha. Obrigado!!!

Beijos! Cuide-se também.