segunda-feira, 5 de julho de 2010

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E se o gelo da minha mão
conhecesse o gelo da tua,
seríamos capazes de congelar
essa rua?
Sobreviveríamos às baixas
temperaturas da lua?
Nosso mal é uma constante
febre glacial que não nos
permite ser como o vizinho.
O sol se põe e eu congelo sozinho.
Estalactites e estalagmites
nascendo dentro de nós,
perfurando todo o amor restante.
É sempre gelo de principiante.
Pensei em esfriar a cabeça e
e passei as férias dentro da geladeira.
Acabou a energia, eu não fiz o que queria.
Perdi a noção de noite e de dia.
Li no jornal os dados alarmantes
sobre o dado ser um cubo de gelo.
Joguei-o, tirei a sorte:
você mudou-se para o Polo Norte.

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