domingo, 18 de julho de 2010

Até Logo


Ah! se nosso passatempo
fosse comer biscoito Passatempo
e só olhar as nuvens.
Ah! se todo o tempo do mundo
fosse meu para contar quantas
listras existem nesse vestido teu.
Ah! se teu cheiro grudasse feito
fita adesiva no meu nariz e
respirar fosse mais lembrar.
Queria escrever como se
cada palavra, expressão e
olhar teu fosse uma música
que caminha para o ápice,
mas, exceto o som das teclas,
é tudo silêncio porque eu
acho que tudo que se aproxima
de mim é silêncio. Um silêncio
tão hermético que me prende
nesta outra dimensão.
E aí nunca ninguém irá me
compreender, porque eu
sou intocável.
Sendo assim, tuas mãos
em mim, a boca, a pele
e o perfume, são só um
silêncio que se faz presente
quando coloco aquelas
músicas pra tocar.

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