Elas não mudaram muito sua aparência em milhões de anos. Enquanto os dinossauros tomavam porrada de asteroides na cabeça, as baratas desfrutavam de sombra e água fresca, vendo tudo acontecer como num grande espetáculo pirotécnico.
Esses insetos, alvos do mais profundo asco dos seres humanos - principalmente por parte das mulheres - são extremamente ousados e fazem uso até de psicologia inversa para confundir seus algozes. Todo ser, ao sentir-se acuado, corre, corre o mais rápido e para mais longe que puder do perigo. As baratas, filhas da puta que são, investem contra você, vão direto na sua direção, acuam seus pés, enquanto se segura o chinelo com a mão.
Baratas já foram estrelas de filmes de terror, de comédia e ganham cada vez mais espaço no coração e nas vulvas das raquíticas atrizes pornôs nipônicas. Elas estão por todos os lugares, por todos os espaços, frestas, buraquinhos e vãos. Elas são capazes de digerir celulose, de abocanhar seus livros e suas memórias. Não importa o quão sujo, o quão limpo, o quão pobre, o quão rico você seja, sempre haverá uma barata na espreita.
Talvez a insistência das baratas em se proliferar e continuar vivas – o que nos tira do sério -, seja a lição que faltava para aquelas pessoas não mais capazes de se consternar com exemplos humanos. Tenha a barata como referencial. Cada obstáculo percorrido é um tubo de Baygon vencido.
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