Você tem cheiro de maquiagem vencida.
E você usa umas roupas meio de velha,
mas há pouco iniciou a descoberta da
vida, ainda cheia de viço, inalando o
ar da mocidade.
Vivemos juntos toda essa despreocupação.
Não pensamos em nada, a não ser café,
cobertor, luar, estampas floridas, papéis.
Nossa mesma idade, nosso suor a evaporar,
nossos buços de paladar quase frutífero.
Morangos de uma beleza chamada juventude.
Somos pássaros enquanto nossos pais
estão na sala, e podemos brincar de médico
ou de jogo da velha.
Nos casaremos, teremos três filhos e você
continuará sendo uma caipira intelectual,
porque eu sou o escritor.
2 comentários:
Uhm... fofo o poema! =]
É mesmo, haha.
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