sexta-feira, 18 de junho de 2010

Elazero


Queria te contar tantas coisas.
Coisas que só eu sei.
Coisas que só você saberia.
Queria contar-te o meu dia.

Se você existisse,
se você não fosse só
alguns parágrafos, eu
te contaria.

Te fiz pra mim.
Meia, calça,
tattoo, rock.
Assim ou nada disso.

Vem só como compreensão.
Vem como poço de inspiração
que não deixa findar
minha inquietação.

Te concebo, mas não te vejo.
Às vezes é assim. Ausência
como uma borracha gigante.

Te peço. Encontra-me
na areia movediça, na cartola
dos mágicos, no futuro incerto.

Um comentário:

Igres Leandro disse...

Olá! É justamente fazendo menção ao inexistente, à garota imaginária do poema.