mais do que eu posso me organizar.
E, apesar de sermos bípedes, não
caminhamos juntos.
Cada vez menos eu vejo semelhança
entre meus semelhantes.
Não enxergo asas e nem quem
queira voar.
Não enxergo ideias, pensamentos
e reflexões aeroplanas.
Ninguém mais pé no chão.
Todos na lama.
Ninguém mais cabeça nas nuvens.
Todos despencando delas.
Quando meus olhos insistem,
só querem de volta alguém
para sonhar junto. Alguém que
veja uma coerente semelhança
não resumida à superfície.
3 comentários:
É uma grande ansiedade em relação às pessoas, não acha? Tenho notado isso nos seus textos - uma grande espera de algo/alguém.
Bem, lá fora é rápido mesmo, às vezes a gente fica pra trás e isso frusta, nem tanto pelo que destoa de todo o resto, mas pelo que poderia ter sido feito e pela ausência desse algo - "Quando meus olhos insistem, só querem de volta alguém para sonhar junto. Alguém que veja uma coerente semelhança
não resumida à superfície."
Eu gosto do que você escreve.
"Quando meus olhos insistem,
só querem de volta alguém
para sonhar junto. Alguém que
veja uma coerente semelhança
não resumida à superfície."
achei lindo e sinto igual.
bjos adorei o blog.
Ah, Ludi! Que bom! É isso o que eu quero: pessoas que sintam o mesmo.
=]
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