mas sempre parece grego.
Acho que descobri que
sonhos fragmentados nada
mais são do que pequenas
unidades de desilusão.
Talvez se a gente se
fotografasse todos os dias,
talvez, perceberíamos com
o tempo um sorriso que murcha,
que não vence mais a gravidade.
Os mapas dos lugares que eu
pretendia visitar estão ficando
desatualizados. Vai tudo ficando
de lado. Fora da rota.
Sinto-me mal por não gostar
dessas pessoas, mas elas são
tão lugar. Elas todas são
cidade sem turismo.
Perco-me pensando em furos
no tempo e no espaço, em
realidades paralelas. Fico
pensando em sair para contar
as estrelas, deitado sobre um
refrescante gramado.
Penso e escrevo, como agora.
É um fio de esperança, de insistência
burra e cega, de tolice em achar
que o meu individualismo vale
alguma coisa.
Será que você aí sabe da leveza
e fragilidade desses pensamentos?
É capaz de perceber o trânsito que eles
atravessam antes de nascerem
para o caos?
Com um cumprimento, com uma
campainha, com um outro alguém,
eles se dispersam, se desorganizam
e transformam-se em simples e
pequenas unidades. Desilusões.
2 comentários:
Sua poesia é prosa.
Na maior parte! Parece que fico mais livre assim.
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