sem destinatário.
Porém, ao passar do horário,
o amor fica solitário.
Odeio deixá-lo por aí, cabisbaixo,
sem saber aonde ir, mas o amor,
vez ou outra, tem mesmo de partir.
E vez ou outra, quando parte de
qualquer jeito, o amor extravia,
chega com defeito.
Amor não tem rastreamento, é
postado no escuro e tem de vencer
os cães pelo muro.
O que eu posto, vai mesmo
sem selo, porque, para sê-lo,
não pode identificar-se nem
limitar-se.
Meu amor, que pode ser
caneta falhada e folha amassada,
só chega quando não mais
tem paradeiro, e encontra,
desprevenido, seu coração
por primeiro.
3 comentários:
Pôxa, muito bonito! :)
Espero não estar invisível. Tenho-o acompanhado Não quero vigiá-lo mas aprender com você. Você é muito criativo. Parabéns!
Obrigado, Jayane!
Artemisia, fico feliz que você me acompanhe! Obrigado!
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